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20 de março de 2011

MATÉRIA DO O DIÁRIO DO DIA 19/03/2011.



No ritmo do aprendizado


Fábio Castaldelli A
João Paulo Santos

Integrantes do Grupo: ‘Paso Doble (preto evermelho) e ‘danças típicas do Brasil (branco com detalhes coloridos’)


Nem violão, piano ou percussão. O principal instrumento do Grupo Raízes, formado por alunos com Síndrome de Down e distúrbios de aprendizado, dentre outras necessidades especiais, da Escola Dinâmica de Maringá, é a determinação e o amor em fazer da dança momentos únicos de diversão e aprendizado.

A plateia já se acostumou a aplaudir de pé. Agora, resta a você, leitor, verificar de camarote todos os benefícios que a prática de "sacudir o esqueleto" é capaz de oferecer e se surpreender com aquilo que esta turma é capaz de realizar. Acomode-se e fique à vontade, pois o espetáculo já vai começar.

Conforme os dias vão se passando e a data da apresentação se aproximando, a ansiedade vai tomando conta de todo o grupo. Afinal de contas, foram semanas de ensaio a fim de assegurar uma perfomance perfeita e que agrade ao público presente. "Fico muito preocupada. Às vezes, não consigo nem dormir direito", confessa Rebeca Franzoi, de 21 anos, uma das integrantes.

Todo nervosismo, porém, antes visível no olhar atento e nas mãos inquietas de cada um vai embora no exato instante em que começa a dança.

É marcando com passos firmes o ritmo de músicas típicas do Brasil e do mundo que essa turma faz do palco o local predileto para exercitar o seu dom.

Entretanto, nesse momento, o mais importante não é se a coreografia foi efetivada corretamente, ou se nenhum imprevisto aconteceu, mas sim o conjunto de vantagens que o exercício proporciona.

Prazer pela dança
"Eu amo muito dançar. A dança
que mais gosto é a espanhola"
Matheus Jacomini


Integrante do Grupo Raízes A professora de dança do Grupo Raízes, Tânia Regina Inês, abriu as portas da escola e nos convidou para uma bate-papo descontraído e com a presença dos alunos. Ela explicou que antes de iniciar os ensaios, a turma, que conta com integrantes que têm entre nove e 34 anos, aprende na aula de informática, com auxílio da internet, algumas informações referentes ao lugar de origem da dança que em breve executarão.

"Isso ajuda na memorização e na compreensão do conteúdo", diz a professora no mesmo instante em que Lucas Dacome, de 14 nos, emenda: "Santiago é a capital do Chile", garante o integrante, mostrando para todos que está se empenhando nas aulas.

Finalizado essa etapa, é chegada a hora de partir para a prática. Uma dança, em média, é ensinada por mês em aulas que acontecem de uma a duas vezes por semana. Quando há apresentações para o público marcadas os ensaios são intensificados.

Do palco para o aprendizado

"Eu amo muito dançar. A dança que mais gosto é a espanhola", afirma Matheus Jacomini, de 14 anos, ao revelar sua preferência dentre as mais de 25 músicas que compõem o repertório do grupo.

Assim como as danças prediletas de Matheus, todas as outras favorecem o completo desenvolvimento dos alunos com Síndrome de Down, que aprendem a se expressar e a lidar melhor com seus sentimentos e emoções, exercitam a criatividade e aprimoram a coordenação motora, bem como a memória corporal.

Apresentação que fascina
"A paixão com que eles se entregam
naquilo que estão realizando encanta
a todos. A emoção é visível"
Tânia Regina Inês


Professora de dança do Grupo Raízes Outra prova dos aspectos positivos da dança é a socialização permitida aos integrantes que entram em contato com regras e limites e aprendem a trabalhar em equipe para alcançar um objetivo em comum. Nesse sentido, até mesmo os laços de afetividade entre os alunos e seus familiares são estreitados em decorrência das apresentações.
"Meus pais sempre me assistem e é muito legal", afirma Fernando Dias da Rocha, participante do elenco, de 14 anos.

Com isso, o orgulho fica estampado no rosto de cada um daqueles que prestigiam o trabalho. "A paixão com que eles se entregam à dança encanta a todos. A emoção é visível. Já para o aluno, nada é mais gratificante do que se sentir reconhecido e valorizado por aquilo que faz com tanto carinho", assegura a professora Tânia.

Em busca do reconhecimento, se empenhando em ensaios e colecionando benefícios que favorecem sua própria saúde física e mental, segue a rotina de ensaios dos integrantes do Grupo Raízes, que mesmo quando as luzes do palco se apagam e as cortinas são fechadas, continua dando um show no maior espetáculo que existe: o da vida.

Quem é quem

Integrantes: Patrícia Custódio, Rebeca Franzolli, Lucas Dacome, Fernando Dias da Rocha, Matheus Giacomini, Ana Caroline Andrade, Vinícius Coelho, Vinícius Seno, Isabel Cristina Castro, Juliana Gaspar, Renato Contin, Bianca Grossi, Estela Delgado e Nádia Pereira.

Professora: Tânia Regina Inês


Muito obrigado ao Fábio Castaldelli, pela maravilhosa reportagem, com muito talento mostrou a importancia da dança na educação especial.


Fonte: O Diário de maringá.

2 comentários:

  1. ADOREI SEU TRABALHO PARABÉNS!
    MARIA SILVA SP

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  2. MARAVILHA O TRABALHO REALIZADO COM OS ALUNOS ESPECIAIS, GOSTARIA MUITO DE VER.
    SELMA

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