Coronel Wagner
– O ator baiano Wagner Moura já entrou para a história do cinema brasileiro: o ótimo Tropa de Elite 2 atraiu 11 milhões de pessoas
E assim se passou mais um ano…
E aí, o último ano da primeira década da era 2000 foi bom pra você? Espero que 2010 tenha sido (quase) tão maneiro para você, caro leitor(a), quanto foi para Dilma Rousseff, eleita a 1ª mulher presidente do Brasil, e para os filhos bonitos de Fábio Jr.: Cléo Pires e Fiuk. Um dos problemas de Dilma será conviver com a sombra de um “companheiro” narcisista que, se pudesse, ficaria no Palácio do Planalto para sempre.
A Playboy com Cléo Pires entrou para a história dos melhores ensaios da revista, ao lado das edições com Vera Fischer, Maitê Proença (fotografada na Itália) e Feiticeira. Fiuk tem um fiapo de voz, mas também é ator e possui o que os americanos chamam de star quality – há muito tempo o país não via o nascimento de um ídolo teen tão promissor. Perto de Fiuk, Luan Santana é só um jovem cantor pop sertanejo e o Restart, apenas uma banda pré-teen que abriu o baú onde os seus pais guardaram as roupas que usaram na new wave dos anos 80.
Cel. Nascimento – Quem também teve um ano sensacional foi Wagner Moura. Graças, claro, ao capitão/coronel Nascimento, um personagem do tipo galinha dos ovos de ouro de um ator: Tropa de Elite 2, de José Padilha, estreou dia 8 de outubro e se tornou o filme de maior público da história do cinema brasileiro, com mais de 11 milhões de espectadores. E, entre brazucas e estrangeiros, só está atrás do blockbuster americano Titanic (1997), de James Cameron, que foi visto por 16 milhões de brasileiros (outro de Cameron, Avatar, se firmou em 2010 como a bilheteria mundial nº 1 de todos os tempos).
Já como vocalista de banda de rock, Wagner Moura foi, digamos, um bom ator. Em música baiana, é melhor Nascimento relaxar e cair no rebolation com Léo Santana ou se deixar levar pelo clima de turista brasileiro em Nova York de Ivete Sangalo, a estrela morena da axé music. Sim, porque existe uma estrela blondie: Claudia Leitte. Ah!, e um astro black: Carlinhos Brown, que lançou dois discos de vez e brilhou no show Romântico Ambiente.
Deusa pop – Beyoncé no Parque de Exposições, dia 10 de fevereiro: um show que entrou para a história da cultura pop de Salvador, pouco acostumada a estrelas internacionais (foto/Robson Mendes)
Falando em música e show business, me belisquei quando vi Beyoncé abrir seu show no Parque de Exposições, no dia 10 de fevereiro: afinal, eu precisava acreditar 100% que Salvador – habitualmente fora do circuito de shows internacionais importantes – estava recebendo uma megastar como a deusa americana pop do R&B.
Outras três atrações musicais importantes do show business americano se apresentaram na capital baiana: Akon (Festival de Verão), o rapper 50 Cent (num show mal produzido e que pouca gente viu) e, sobretudo, o grupo Black Eyed Peas, em outubro.
No meio de 2010, o Brasil voltou a mostrar que é uma pátria de chuteiras: a maioria da população acreditou na Selação meia-boca comandada por Dunga. Perdemos mais uma, é verdade, mas também a Copa da África do Sul foi chata de doer, exceto por alguns jogos da jovem Alemanha e pelos quadris ensandecidos de Shakira. Para piorar, a competição era embalada pelas trombetas do inferno, as tais vuvuzelas.
Biografias - Quem não vive sem livros (sim, eles não acabarão), pode comemorar a chegada à capital baiana da gigante Livraria Cultura, no Salvador Shopping, que passa a rivalizar com as lojas da Saraiva na cidade – a do Shopping Iguatemi é a melhor da rede.
Na temporada em que a literatura de língua portuguesa perdeu o grande José Saramago (1922-2010), o mercado editorial viveu um boom de biografias de artistas da música – da ótima do metaleiro Ozzy Osbourne à pueril do ídolo pré-teen americano Justin Bieber, passando pelas memórias dos velhos bad boys roqueiros Keith Richards e Lobão.
Liderança - No segmento jornal impresso, o CORREIO brilhou intensamente e fecha o ano como o líder de circulação da Bahia – superando A Tarde, que estava no topo há décadas -, e o 19º de todo o país. E tudo isso apenas dois anos após a reforma.
O CORREIO é como o iPad: um hit! O novo filhote de Steve Jobs chegou oficialmente ao Brasil no início de dezembro e é o aparelho eletrônico de 2010. Com tela de LED de 9.7’’, 13,4 mm de espessura, 10 horas de duração de bateria e pesando só 680 gramas, ele faz a festa de quem precisa de mobilidade, conforto visual e fica horas on-line.
Se você é gay, ama Ricky Martin e adora novidades tecnológicas, por exemplo, uma boa dica de presente para você mesmo nesta mudança de temporada é o iPad – para ler a biografia Eu, na qual o galã latino conta, com alguns anos de atraso, que é homossexual. Bem, viva a vida (louca ou não), porque do mundo nada se leva. Que o diga Julian Assange, o Mr. WikiLeaks, que sacudiu o universo da diplomacia e da informação, de modo geral.
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10 Acontecimentos que também marcaram 2010
Paul no Brasil – O Beatle Paul McCartney voltou ao país e provocou cenas de choro e adoração em todos os sexos e em todas as faixas etárias. Macca é um semideus.
Ba-Vi – Piada do destino para torcedor baiano: depois de sete anos, o Bahia subiu para a 1ª divisão e o rival Vitória, campeão do estado e do Nordeste, caiu para a 2ª.
Bruno preso – Em 2009, Bruno foi um dos heróis do hexa do Flamengo. Este ano, desceu ao inferno e inspirou um catatau de piadas de humor negro na internet.
Guerra no Rio – O Brasil torceu pelo Rio e viu pela TV o Bope e os militares botarem os bandidos do Complexo do Alemão para correr. Parecia Tropa de Elite ao vivo.
Pólvora e Poesia – Fernando Guerreiro brilhou no teatro de Salvador com a sua nova montagem: Pólvora e Poesia, que ganhou cinco indicações ao prêmio Braskem.
Pato e Vanessa – O Pato Fu fez um discaço para crianças de todas as idades: Música de Brinquedo. E Vanessa da Mata consolidou sua posição de nova “diva” da MPB.
Cinema do além – O filão espírita levou mais de 7 milhões de brasileiros aos cinemas para ver Chico Xavier e Nosso Lar. A onda, pelo visto, não vai parar.
Ti-Ti-Ti – Que Passione, que nada! A trama inconsistente de Sílvio de Abreu não tem a criatividade e o charme das trapalhadas de Jacques Leclair e Victor Valentim.
Mineiros chilenos – Os operários chilenos foram estrelas do maior evento sob a terra de todos os tempos, com acompanhamento mundial ao vivo.
Orkestra Rumpilezz – Melhor coisa surgida na música instrumental do Brasil nos últimos anos, a orquestra baiana coleciona prêmios e terá patrocínio da Natura.
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* Matéria publicada originalmente no jornal CORREIO, dia 25 de dezembro de 2010.
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